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Crianças praticando atividade física

Introdução

O câncer colorretal (CCR) é uma das neoplasias malignas mais comuns no mundo, com alta incidência e mortalidade. Envolve o cólon e o reto, sendo sua etiologia multifatorial, incluindo fatores genéticos, ambientais, dietéticos e inflamatórios. A detecção precoce é fundamental, pois o prognóstico depende fortemente do estágio da doença no momento do diagnóstico.

Objetivo

Fornecer uma visão abrangente sobre o câncer colorretal, abordando fatores de risco, mecanismos patológicos, diagnóstico, tratamento, prevenção e prognóstico, com base nas evidências científicas mais recentes.

Fatores de Risco

Genéticos: Síndrome de Lynch, polipose adenomatosa familiar e histórico familiar de CCR.
Ambientais e Dietéticos: dieta rica em carnes processadas e pobre em fibras, consumo excessivo de álcool, tabagismo, obesidade e sedentarismo.
Inflamatórios: doenças inflamatórias intestinais como retocolite ulcerativa e doença de Crohn.

Patogênese

O câncer colorretal geralmente evolui a partir de adenomas ou pólipos adenomatosos. Alterações genéticas em genes supressores de tumor (como APC e TP53) e proto-oncogenes (como KRAS) promovem a transformação maligna, processo que pode levar anos e permite intervenções preventivas via rastreamento.

Diagnóstico

Colonoscopia: padrão-ouro, permite diagnóstico e remoção de lesões precursoras.
Exames de imagem: tomografia computadorizada, colonografia por TC e ressonância magnética para avaliação de extensão local e metástases.
Exames laboratoriais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e marcadores tumorais (CEA).
Biópsia: confirma histologicamente o diagnóstico.

Estadiamento

Baseado no sistema TNM (Tumor, Node, Metastasis):
- T1–T4: profundidade de invasão tumoral.
- N0–N2: comprometimento linfonodal.
- M0–M1: presença de metástases à distância.
O estadiamento determina o tratamento e o prognóstico.

Tratamento

Cirúrgico: ressecção do segmento afetado do cólon ou reto com linfadenectomia.
Quimioterapia: adjuvante em casos avançados (estágios III e IV), com regimes como FOLFOX e CAPOX.
Radioterapia: principalmente em tumores de reto para reduzir recidiva local.
Terapias-alvo e imunoterapia: anticorpos monoclonais contra VEGF (bevacizumabe) ou EGFR (cetuximabe) e imunoterapia em casos selecionados com instabilidade de microssatélites (MSI-H).

Prevenção

Primária: dieta balanceada, atividade física, redução de álcool e abandono do tabagismo.
Secundária: rastreamento por colonoscopia ou teste de sangue oculto nas fezes a partir dos 45 anos ou antes em indivíduos de risco.
Remoção de pólipos adenomatosos: reduz significativamente a incidência de CCR.

Prognóstico

O prognóstico depende do estágio do tumor, presença de metástases, fatores genéticos e resposta ao tratamento. Tumores detectados precocemente têm sobrevida em 5 anos superior a 90%, enquanto casos metastáticos apresentam prognóstico reservado.

Discussão

O câncer colorretal é prevenível e tratável quando diagnosticado precocemente. Programas de rastreamento populacional são cruciais para reduzir incidência e mortalidade. Avanços tecnológicos, como colonoscopia de alta definição, endoscopia assistida por inteligência artificial e terapias-alvo personalizadas, melhoram o manejo da doença. A educação da população e a adesão ao rastreamento ainda são desafios significativos, especialmente em regiões com acesso limitado à saúde.

Conclusão

O câncer colorretal é um problema de saúde pública relevante, com alta incidência e mortalidade, mas prevenível e tratável de forma eficaz. O rastreamento regular, o diagnóstico precoce, a remoção de pólipos e o manejo individualizado do paciente são essenciais para reduzir seu impacto. A integração de avanços tecnológicos e terapêuticos continua a melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes.